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 O QUE É DEPRESSÃO?

   A depressão, doença mental, considerada o maior mal do século, tem sido motivo de muitas pesquisas no meio científico, buscando ampliar as formas de intervenções preventivas ou terapêuticas. 

         Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial de Saúde – Brasil (OPAS/OMS Brasil) (2017):

          "A depressão é um transtorno mental comum, caracterizado por tristeza persistente e uma perda de interesse por atividades que as pessoas normalmente gostam, acompanhadas por uma incapacidade de realizar atividades diárias por 14 dias ou mais. Além disso, as pessoas com depressão, normalmente apresentam vários dos seguintes sintomas: perda de energia; alterações no apetite; dormir mais ou menos do que se está acostumado; ansiedade; concentração reduzida; indecisão; inquietação; sentimentos de inutilidade, culpa ou desesperança; e pensamentos de autolesão ou suicídio."

 

          Duailibi, Silva e Jubara (2015), apontam que o Transtorno Depressivo é a maior causa de adoecimento e invalidez em adolescentes no mundo. Apresenta uma incidência ao longo da vida de 20% em mulheres e 12% em homens nos Estados Unidos da América do Norte, porém os mesmos dados estatísticos são reconhecidos em outros países. Os autores enfatizam que na atenção primária, os pacientes apresentam muito mais as queixas de sintomas físicos, não relatando portanto, sintomas emocionais. Este fato justifica que 50 a 60% dos casos de depressão não são detectados na atenção básica e, muitas vezes não são tratados.

 

            A OPAS/OMS Brasil (2017) destaca:

          A depressão é a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo. De acordo com as últimas estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, um aumento de mais de 18% entre 2005 e 2015. A falta de apoio às pessoas com transtornos mentais, juntamente com o medo do estigma, impedem muitas pessoas de acessarem o tratamento de que necessitam para viver vidas saudáveis e produtivas.

 

           A campanha anual da OMS "Depressão: vamos conversar", foi lançada com o objetivo principal de conscientizar a população mundial sobre a doença e a importância de buscar ajuda.  Margaret Chan, Diretora-Geral da OMS, afirmou: "Estes novos números são um sinal de alerta para que todos os países repensem suas abordagens à saúde mental e tratem-na com a urgência que merece" (OPAS/OMS Brasil, 2017).

      O Ministério da Saúde (2009) já afirmava que quanto mais precoce o tratamento, mais rápida a remissão e menor a chance de cronificação.  Aponta também que, entre os gravemente deprimidos, 15% se suicidam.

       Duailibi, Silva e Jubara (2015), destacam que as depressões podem ser classificadas em: leve, moderada e grave, levando em conta a evolução da doença e o número de sintomas apresentados. Nos quadros leves, existe o sofrimento, porém não trazem prejuízos significativos às atividades diárias. Na depressão moderada, as atividades profissionais ou domésticas são parcialmente afetadas e na grave existe a incapacitação social e/ou profissional.

 

       É preciso atentar para um diagnóstico seguro, o que possibilita uma orientação terapêutica eficaz. Atualmente, os critérios utilizados para o diagnóstico dos estados depressivos, se encontram no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, lançado em maio de 2013.

 

                                                                   CONSIDERAÇÕES RELEVANTES

      Apesar de todos os riscos, inclusive de morte para o paciente, geralmente a depressão é uma doença vista com negligência, como se não causasse sofrimentos a pessoa, portanto sem necessidade de muita atenção para o tratamento. Ainda, muitos depressivos não sabem que tem o problema, por isso não procuram ajuda.

 

         A depressão é um fator de risco importante para o suicídio. É a maior causa de suicídio no Brasil e no mundo. Outras consequências também são observadas, como o desenvolvimento de diversas doenças, além de aumentar as possibilidades de instalar dependências químicas ou tecnológicas.

 

      A dependência tecnológica, tem sido atualmente um facilitador para o desenvolvimento de quadros depressivos. As pessoas que já sofrem com a depressão, podem buscar alívio para seu sofrimento nos diferentes recursos disponíveis na internet, recursos inesgotáveis de prazer. Pessoas deprimidas, apresentando baixa autoestima, isolamento familiar e social, podem criar um mundo virtual ideal, buscando compensar a sua insatisfação com a realidade.

 

        Por outro lado, a dependência da internet também pode levar o indivíduo saudável à depressão. O tempo disponível para as atividades importantes na prevenção e combate à depressão, como a interação social e a prática de exercícios físicos, pode ser usado para atividades online, podendo trazer prejuízos na qualidade de vida e interferir no humor.

 

       Considerando a previsão da Organização Mundial de Saúde (OMS), de que em 2020, a depressão será uma das doenças com maior prevalência na população em geral, é preciso uma atuação no campo da saúde, mais focada em recursos preventivos e terapêuticos para evitar este quadro.

 

       Cabe aos profissionais de saúde, inicialmente, compreenderem a importância de uma postura cuidadosa ao investigar as queixas e não minimizar sintomas depressivos. É preciso acreditar que os transtornos depressivos são condições tratáveis e que, atualmente, existem diferentes orientações terapêuticas, sendo aplicadas de maneira eficaz. Um tratamento bem sucedido deve contar com um trabalho interdisciplinar,  a combinação de psicoterapia com a farmacoterapia.

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